domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rainy September - Eu consegui!

Eu consegui. Eu não estava acreditando muito. Desde que comecei, achei que nunca terminaria. Como dezenas de outras histórias que pra mim eram revolucionárias, mas ficaram no passado. Eu não sei bem qual foi a minha motivação, mas eu consegui. Por exatos 50 dias, venci o calor, o cansaço, a preguiça e a ocupação arbitrária do meu irmão no quarto pra poder concluir essas 34 páginas. Não sei como, mas eu consegui. Mas, conseguir tudo seria muito fácil, não é? Pois bem. Minhas aulas começam amanhã, e o projeto do qual faço parte a tarde também volta amanhã. Eu tinha apenas hoje pra fazer a capa, mas quase ouço o Bola de Fogo me ligando pra dizer que o calor está de matar. Ou seja, calor demais, sem capa.

Peço desculpas por vocês lerem uma história sem a capa. Mas sabem como é essa é a primeira vez que eu consegui. E eu queria muito mostrá-los o resultado dos meus esforços. Não está perfeito. Tem muitos erros. Erros explicitos, erros mascarados, erros que condeno, erros que não vi E EXIJO QUE ME CONTEM, BELEZA?

"Rainy September" é uma história comum. Talvez vocês gostem, talvez vocês odeiem. Mas foi feita com todo meu carinho e representa muito pra mim nesse momento. Porque eu não sei se vocês já sabem, mas eu consegui.

Bom, não quero falar muito. Gostaria que vocês lessem e me dessem uma opnião! Pretendo fazer um post explicando como foi o processo de criação, os problemas que enfrentei, as dúvidas e tudo o mais. Mas gostaria que vocês lessem primeiro!!
A unica coisa de que me arrependo foi o ritmo da história. Tudo muito rápido e apressado no final, achei terrível. Mas enfim, espero que vocês gostem, e possam enxergar um pouco de mim em cada página.

Obrigado aos amigos pelo apoio, pois sem vocês seria difícil ou impossivel! Obrigado em especial a Lanna, que, por causa da minha falta de atenção não está nos agradecimentos finais sendo ela uma das que mais me apoiou. Minhas desculpas.

Mas enfim, quero que vocês me digam realmente o que acharam!! Só estou postando hoje por que não aguentaria ficar uma semana com a história pronta e dividir com vocês só quando fazer a capa na semana que vem!!! Estou muito ansioso pela opnião de vocês! Afinal, eu consegui!! E agora é pra valer!!

Rainy September 26,059 KB (Estilo oriental)

PS. Upei no 4shared, espero que não dê problemas pra ninguém, tá?

Bitokas, até logo!!

UPDATE! 22/02/2011 : Gente, muito obrigado mesmo, de coração, pelos comentários aqui ou no meu orkut! Mas como são muitos não vou conseguir respondê-los apropriadamente, então pretendo fazer em breve um post sobre como foi feito o mangá e tirar dúvidas e assuntos que ficaram mal-explicados!
Ah, pretendo fazer a capa esse fim de semana!!!

Gente MUITO OBRIGADO pelo carinho de vocês, eu sei que não mereço tudo isso!!
;****

UPDATE - 2! 24/02/2011 : Fala, SEUS LINDOS! hhaahahahahaahaah Olha, algumas pessoas me disseram que estão tendo dificuldades pra baixar o mangá no 4shared. Então, se alguém está com esse problema por favor me avise que eu dou um jeito. Por enquanto estou mandando o mangá por e-mail mesmo, é bem rápido e pratico =)
E mais uma vez obrigado pelos comentários, vocês não tem noção da força que eu to recebendo :)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Eu não quero voltar sozinho

Ano de 2003 . Segunda feira de uma manha chuvosa. Primeiro dia de aula.
Nossa querida e amada trupe da 5ª serie B tinha sido destruida, ja que separaram os grupinhos ao longo de tres novas classes. Eu, cheio de drama achava que nunca mais seria feliz sem meus amigos, 2003 seria o pior ano da minha vida. E tudo mudou. Cresci um pouco mais, tive novas experiencias e fiz amigos maravilhosos. Entre eles Telma. Nos divertiamos horrores e faziamos graça de tudo. Mesmo assim ela era dona de um temperamento sério, que não aceitava qualquer tipo de brincadeira a toa. Gostava e queria ser respeitada. Sempre colocava a sua bem formada opnião em tudo. Se esforçava para mostrar que nao tinha tudo o que queria, mas lutaria até o fim, se preciso fosse. Com o tempo, nos afastamos. Não sei bem o porque. Eu mudei, ela mudou, mudamos todos. Nos tratavamos com desconfiança e evitavamos as antigas intimidades. Ela mudou de escola e fim. Nos cumprimentavamos as vezes, e por educação. Apenas. De irmãos a supostamente adultos civilizados. A ultima vez que a vi foi em outubro, dia das eleiçoes.
Ontem, o telefone toca. Telma, minha ex-amiga, ex-irmã, ex-confidente, não aguentou a um sério acidente do qual foi vitima. Chorei. Me culpei. Me arrependi. Diversas cenas vieram a minha mente. Lembrei de quando iamos e voltavamos da escola em bando, discutindo, cantando, debatendo sobre o maravilhoso universo que se abria a nossa frente e nos prometia uma longa vida de diversão. Lembro as tardes em que nos reuniamos na escola pra jogar volei até que o sol se transformasse na esplendorosa lua que iluminava nosso caminho de volta. Mas lembro com dor e pesar de quando ela disse: "Gente, quando crescermos vamos continuar todos amigos, ein?". Não continuamos.
O fato é que a 6ª C nao existe mais. E eu, que nem lembrava mais desses momentos, os quero de volta. Em que ponto uma pessoa de torna importante em nossa vida? Em que ponto ela deixa de ser?
Não há volta. Nem pra Telma nem pra mim. Toda a velha turminha cresceu. Uns casaram. Uns estao presos. Uns simplesmente vivem. Mas a unica ligação entre nós esta no passado, que pouco a pouco vai sumindo diante dos meus olhos. O meu eu presente se encontrou com o passado, e juntos, ja não se reconhecem mais.
A unica verdade é que perdi uma amiga preciosa. Que mesmo que eu volte pro ensino fundamental, não terei de volta. Não terei a ingenuidade, a (falta de) noção de novidade. Após o final da aula, voltarei sozinho.

Muitas vezes pensei:" se ela me ignora, não vou correr atrás". Hoje, eu quero correr. Mas mesmo que eu corra até não sentir minhas pernas, não encontrarei a jóia perdida.

Ao longo do dia pensei. Refleti. E decidi que ela se foi, mas não nossa amizade. A 6ª C não acabou. Ela começa todo ano, dentro de mim. Vou lutar contra o tempo, contra o meu orgulho e contra qualquer outra coisa para manter a nossa turminha viva. Mesmo que em apenas algum lugar do passado. Mesmo que apenas em meu coração.

Agora, nesta tarde chuvosa, vou ao cemiterio, me despedir daquele corpo de mulher, que hoje completaria 20 anos, abrigando a alma de uma menina.


Esse é um cartão de um aluninho pra mim. Ele não teve vergonha de parecer ridiculo ou viadinho, como alguns disseram. Ele disse o que achava e fez uma pessoa feliz. Vamos todos ser assim?
Ps. "Eu não quero voltar sozinho" é o nome do filme que assistia quando recebi a notícia.